Quem Somos
Na origem da Mansarda está um grupo de 23 pessoas com idades e percursos de vida variados:
PATRÍCIA VASCONCELOS
Nasceu em Lisboa em 1966 e viveu fora do país entre 1976 e 1988. Lança-se como “Casting Director” em 1989. É responsável pelo casting de inúmeros filmes, nacionais e estrangeiros, programas e séries para a televisão, bem como de mais de três centenas de filmes publicitários. No verão de 2000 organizou juntamente com Elsa Valentim os Act – Workshops Iniciação às Técnicas do Actor para Cinema e Televisão, iniciativa essa que deu origem à Act – Escola de Actores fundada em 2001. Cantora de Jazz e voz dos separadores institucionais da Rádio Marginal (98.01), grande Lisboa, desde 2006. Em 2010 realizou o seu primeiro documentário sobre Raul Solnado, para a RTP1. Autora e apresentadora do programa “Sei quem ele é”, exibido na RTP1. Fundadora e membro da direcção da Academia Portuguesa de Cinema. Mentora do projeto “Passaporte” desta Academia. http://www.castingpatriciavasconcelos.com/ http://patriciavasconcelos.com/
MIGUEL GUILHERME
Lisboa, 1958. Actor e encenador. Iniciou a sua carreira no Teatro da Comuna, destacando-se na peça O Dragão, de Eugène Schwartz, com João Mota. Nos anos seguintes trabalhou com João Lourenço, no Teatro Aberto, e Mário Feliciano, no Teatro São Luiz. Em 1987 inicia uma colaboração regular com o Teatro da Cornucópia, sob a direcção de Luís Miguel Cintra. Foi ainda dirigido por José Wallenstein, Fernanda Lapa, Adriano Luz, António Pires, Ricardo Pais e António Feio. Representou William Shakespeare, Samuel Beckett, Botho Strauss, Bertolt Brecht, Edward Bond, Luigi Pirandello, entre muitos outros.
Como encenador estreou-se em Perversões, de David Mamet, ao lado de José Pedro Gomes, para o Clube Estefânia. A esta primeira experiência, seguem-se Desastres, a partir de uma colagem de textos de Ionesco, Samuel Beckett e Philip Dick, no Teatro da Cornucópia; À Espera de Godot, de Samuel Beckett, no Teatro da Comuna; Vai Ver Se Chove, adaptado de Georges Courteline, novamente na Cornucópia.
Na televisão participou em telefilmes de Paulo Rocha, Luís Filipe Costa e Edgar Pêra, trabalhou com Herman José em Humor de Perdição (1987), Herman Enciclopédia (1997) e Herman 98 (1998) e Herman 99 (1999); integrou o elenco de diversas séries, da qual se destaca Conta-me como Foi (RTP – 2007, 2008 e 2009).
No cinema salienta, como um dos seus primeiros trabalhos, o filme Filha da Mãe, de João Canijo, em 1990. No mesmo ano trabalhou com Manoel de Oliveira em Non ou a Vã Glória de Mandar, realizador que também o dirigiu em A Divina Comédia, que protagonizou (1991), Vale Abraão (1993), A Caixa (1994), Palavra e Utopia (2000) e O Quinto Império (2004). Trabalhou ainda em filmes de Jorge Silva Melo, Fernando Lopes, José Fonseca e Costa, António-Pedro Vasconcelos, Jorge Cramez, Solveig Nordlund, Fernando Matos Silva, Paulo Rocha, Manuel Mozos, entre outros. Participou em Alice, de Marco Martins (2005), no remake de O Pátio das Cantigas e ainda no filme português mais recente “O Leão da Estrela”.
JORGE SALAVISA (1939 – 2020)
Bailarino e programador. Trabalhou com os grandes nomes do bailado mundial, de Nureyev a Margot Fonteyn. Fez a sua carreira fora de Portugal, tendo regressado em 1977, quando dirigiu o Ballet Gulbenkian e a Companhia Nacional de Bailado. Foi ainda Director do São Luiz, em Lisboa, e Presidente do Conselho de Administração do OPART.
CAMANÉ
O primeiro contacto de Camané com o fado ocorreu um pouco por acaso, quando durante a recuperação de uma maleita infantil se embrenhou na colecção de discos dos pais e descobriu os grandes nomes do fado: Amália Rodrigues, Fernando Maurício, Lucilia do Carmo, Maria Teresa de Noronha, Alfredo Marceneiro e Carlos do Carmo…
Dessa altura até à vitória em 1979 do evento “Grande Noite do Fado” foi um passo. Na sequência desta participação gravou alguns trabalhos e efectuou diversas apresentações públicas.
Camané actuou em diversas casas de fado, além de fazer parte do elenco de diversas produções dirigidas por Filipe La Féria (o mais importante director português de musicais) como a “Grande Noite”, “Maldita Cocaína” e “Cabaret”, onde adquiriu assinalável evidência.
A edição de “Uma Noite de Fados”, elogiada pela critica especializada, elegeu Camané como a voz mais representativa da nova geração do fado, possibilitando o reconhecimento da qualidade do seu trabalho pelo grande público. Realizou desde essa altura inúmeras apresentações em Portugal e no estrangeiro, actuando em França, Holanda, Itália e Espanha.
ANABELA MOTA RIBEIRO
Nasceu em 1971, é jornalista freelance, trabalha em televisão, rádio e imprensa escrita. Organiza e modera debates sobre livros na Bertrand do Chiado. É curadora da Folia, a programação festiva do festival literário de Óbidos. Publicou, entre outros, o livro “Paula Rego por Paula Rego”. Estudou Filosofia na licenciatura e no mestrado; no doutoramento, estuda o escritor brasileiro Machado de Assis. Desde Maio de 2013 disponibiliza o seu arquivo no blog http://anabelamotaribeiro.pt
RUI HORTA
Rui Horta é um dos mais influentes coreógrafos da sua geração. O seu trabalho tem sido apresentado em todo o mundo nos mais importantes teatros e festivais, estando no repertório de inúmeras companhias de dança internacionais. Desde 2000 que dirige o Espaço do Tempo em Montemor-o-Novo, um centro multidisciplinar de residências artísticas.
MARIA FLOR PEDROSO
52 anos, licenciada em Sociologia pela UNL.
Jornalista, fundadora da TSF. Editora de política nacional da Antena 1.
Autora de programas de informação para rádio e televisão na RTP.
Lecciona “Jornalismo radiofónico” no ISCEM.
Presidente do 4º. Congresso dos Jornalistas, 2017.
FRANCISCO VARATOJO (1960-2017)
Fundador e Director do Instituto Macrobiótico de Portugal desde 1987. Autor de vários livros sobre saúde, macrobiótica e filosofia oriental e colaborador regular de vários meios de comunicação social portugueses. Orador regular em conferências, congressos, seminários em escolas, universidades e empresas portuguesas. Professor e consultor de diferentes instituições em diversos países europeus e nos EUA. Em 2010 foi agraciado com o prémio “Aveline Kushi Award” pelo seu trabalho e dedicação por um Mundo Melhor.
HENRIQUE CAYATTE
Lisboa. 1957. Designer, ilustrador e professor convidado da Universidade de Aveiro. Fundador do jornal Público e da revista Egoísta, co-autor do sistema de sinalética e comunicação da EXPO ’98 e do Passaporte e do Cartão de Cidadão entre outros trabalhos. Design editorial, museus, exposições e espaço público em Portugal e no estrangeiro. Foi Presidente do Centro Português de Design (2004-2012) e membro da direcção europeia
de design [BEDA] 2008-2012).
JOSÉ ANTÓNIO PINTO RIBEIRO
Nasceu em Moçambique em 1946. Realizou os estudos primários e secundários em alemão. Advogado, iniciou a sua actividade em 1971 e desenvolveu a sua actividade, sobretudo, no domínio do corporate banking e investment banking. Foi professor universitário de Direito Comercial entre 1971 e 2002. Foi Ministro da Cultura do XVII Governo, entre Janeiro de 2008 e Outubro de 2009. Foi fundador e presidente do Fórum Justiça e Liberdades, associação criada em 1988 e destinada ao estudo, promoção e defesa dos direitos cívicos em Portugal.
JOSÉ PAULO CARVALHO
Sócio Fundador e Presidente do Conselho de Administração da Hope Care, SA. Exerceu as funções de Consultor e Diretor da I.Zone Care. Anteriormente, assumiu o cargo de CEO de uma ONG portuguesa, coordenando vários projetos de assistência social e de saúde.
É formado em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa, especializado em Ciências Documentais pela Universidade de Lisboa e possui um Executive MBA, pela AESE/IESE.
Esteve envolvido em projetos como AAL4ALL – projeto no âmbito do Ambient Assisted Living (2011-2012); TICE Healthy – projeto que pretende desenvolver, integrar e testar abordagens tecnologicamente inovadoras que contribuam para a chamada ‘Health and Quality of Life’ (2011-2012). Esteve envolvido no projeto Oeiras Pro – projeto piloto para a promoção de responsabilidade social junto de organizações locais (Oeiras, Fevereiro de 2007 – Março de 2009).
LEONOR XAVIER
Jornalista e escritora, licenciada em Filologia Românica, viveu no Brasil entre 1975 e 1987. No Rio de Janeiro foi correspondente do “Diário de Notícias”. Duas vezes premiada como melhor jornalista da Comunidade Portuguesa, foi distinguida com a Ordem do Mérito pelo seu trabalho sobre temas luso-brasileiros. Biógrafa de Maria Barroso e Raul Solnado, recebeu o Prémio Máxima de Literatura 2010 pela autobiografia “Casas Contadas” e o prémio Frei Bernardo Domingues 2015 pelo ensaio “Passageiro Clandestino.” Pertence ao Movimento Nós Somos Igreja e à diretoria da Sociedade Portuguesa de Autores.
LUÍSA VILLAR
Presidente e Fundadora da Associação LinK, onde lançou a marca Arredonda, mecanismo de angariação de fundos para projectos sociais , que até 2013 conseguiu cerca de 4 milhoes de € para diferentes projectos sociais. Entre 1984 a 1993 exerceu a profissão de Intérprete de conferências e, simultaneamente, trabalhou na área de Relações Públicas e Imagem de várias empresas e organizações. De 1984 a 1987 foi professora de Língua Francesa do Ensino Secundário. De 1993 a 1996 foi Directora de Relações Públicas do Departamento de Comunicação e Imagem da Parque Expo’98, responsável pela organização de eventos, visitas oficiais, recepção dos VIP e Serviço de Informação. Foi Directora do Departamento de Acções Especiais do Grupo Media Planning Publicidade; Directora Geral da B6 Integrated Entertainment – Portugal e International Manager da B6 Integrated Entertainment. Em 2008 foi-lhe atribuído o prémio de personalidade do ano na categoria de publicidade, nos Prémios “Meios e Publicidade” Oradora em vários congressos e seminários na área do marketing e media.
JULITA SANTOS
Nasceu em 1979. Trabalha e vive em Lisboa.
Fundou a Goodstaff, empresa de produção, gestão e programação de eventos, após uma experiência profissional de mais de quinze anos em áreas artísticas como o cinema, música, literatura, artes visuais e performativas.
Produz desde 2013 o MOTELX Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, sendo ainda responsável pela área de parcerias e fundraising do evento. Integrou as equipas do festival de documentário Porto Porto/Post/Doc e da Festa do Cinema Italiano. Foi coordenadora Geral de produção do FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos, em 2015, 2016 e 2017, as primeiras três edições do festival. Em 2018 foi Produtora Executiva do Festival “Somos Douro”, promovido pela CCDR-N, comissariado por Anabela Mota Ribeiro e que envolveu 19 Municípios na região do Alto Douro Vinhateiro. Colabora desde 2018 com a Mainside Investments (Lx Factory, Pensão Amor) e de 2002 a 2012 trabalhou com o produtor Paulo Branco na área de produção de cinema e entre 2007 e 2012 na Coordenação Geral do LEFFEST.
MANUEL COSTA CABRAL
Nasceu em 1941 em Lisboa e formou-se em pintura em 1963 na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Em 1973 foi co-fundador da Escola Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual em Lisboa. Em 1993 recebe o título de Honorary Fellow do Royal College of Art em Londres. De 1 de Fevereiro de 1994 a 1 de Fevereiro 2011 foi Director do Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian. Retomou a actividade de pintor em 1982 e participa em exposições individuais e colectivas desde 1989.
MARGARIDA CUNHA BELÉM
Nasceu em Lisboa em 1967. Licenciada em Pintura pela FBAUL – Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Expõe regularmente desde 1993 pintura. Expôs no Porto, em Évora, em Sintra, Centro Cultural Emmérico Nunes (Sines), mas apresenta o seu trabalho regularmente em várias galerias de Lisboa. Tem vários artigos publicados em catálogos de exposições sobre artes plásticas e arquitectura. É co-autora dos livros: Diálogos de Edificação – Técnicas tradicionais de Construção; e da fotobiografia sobre o pintor Amadeo de Sousa-Cardoso; e autora dos “Essenciais” editados pela Casa da Moeda sobre os arquitectos: Siza Vieira e Eduardo Souto Moura. Fez a pesquisa iconográfica para as exposições: “A Última Fronteira”; “Os 150 anos dos Caminhos de Ferro”; “1755 – O Plano da Baixa, Hoje.”; “250 anos do Concelho de Oeiras”. Faz parte da equipa “Cariátides” para a remodelação dos conteúdos e do design do Museu da Cidade, futuro Museu de Lisboa (Palácio Pimenta). A convite do Museu do Dinheiro do Banco de Portugal é comissária da exposição: Desejo, Desígnio e Desenho: Francisco de Holanda (1517-1584), sobre a efeméride dos 500 anos do seu nascimento.
MARIA FLÁVIA MONSARAZ (1934 – 2019)
Maria Flávia de Monsaraz formou-se em Escultura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Foi bolseira da fundação Calouste Gulbenkian, tendo feito um estágio em Paris, na Escola Superior de Artes Decorativas. Durante quinze anos, dedicou-se inteiramente a um novo tipo de tapeçaria, a “Nova Tapeçaria”, de que foi pioneira em Portugal. Estuda Astrologia há 41 anos. Com o tempo, este conhecimento foi-se afirmando como algo cada vez mais significativo, impondo-se a opção de trocar a tapeçaria por uma adesão total ao ensino da Linguagem Sagrada que é a Astrologia. Em 1987, fundou o Quíron, Centro Português de Astrologia. Atende pessoas diariamente orientando-as para o possível autoconhecimento das suas Vidas, como Projecto Maior.
MARIA NOBRE FRANCO (1938 – 2015)
Maria Nobre Franco fundou a Galeria Valentim de Carvalho foi a primeira diretora do Museu Berardo. Foi figura de destaque na Galeria Valentim de Carvalho, que abriu num dos espaços da editora, no Palácio das Alcáçovas. Essa galeria, que dirigiu entre 1984 e 1995, teve um papel central na promoção da arte contemporânea em Portugal. O seu trabalho está por isso muito ligado à geração de artistas que surgiu durante a década de 1980, como José Pedro Croft, Pedro Calapez e Rui Sanches.
Seria depois convidada para assumir a direção do Museu de Arte Moderna – Colecção Berardo, em Sintra, cargo que exerceu a partir de 1997 e só abandonou onze anos mais tarde, em 2008, quando a colecção se transferiu para o CCB, em Lisboa.
Maria Nobre Franco estudou Filologia Clássica e Filosofia da Arte e foi casada com Rui Valentim de Carvalho.
PAULA RIBEIRO
Nasceu em São Paulo e no Brasil trabalhou sempre em cinema: fez duas longas-metragens como atriz e produziu documentários, curtas e longas-metragens e comerciais de tv. Chegou a Portugal em 1987, foi editora da revista Exame, diretora-adjunta da revista Activa, diretora da Cosmopolitan, 20 ANOS, Ícon, Grazia e do jornal Correio do Brasil. Autora do livro “Casas de Escrita”. Desde 2007 dirige a revista UP da TAP.
PEDRO WALLENSTEIN
Nasceu em 1954 nos Açores, fez os seus estudos musicais na Academia de Amadores de Música, no Conservatório Nacional de Lisboa e pós-graduou-se na Guildhall School of Music and Drama de Londres, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Ao longo de quatro décadas desenvolveu uma actividade muito diversificada em todas as áreas da produção musical, que inclui ainda a musica antiga, o repertório de câmara e apresentações como solista em recitais e concertos. Membro da antiga Orquestra do Teatro Nacional de São Carlos é actualmente solista da Orquestra Sinfónica Portuguesa. Ensinou na Escola Profissional de Música de Évora, na Fundação Musical dos Amigos das Crianças, onde introduziu em Portugal o ensino do Contrabaixo para crianças muito jovens, e ainda na Academia Nacional Superior de Orquestra, simultaneamente orientando e ministrando inúmeros seminários e “master-classes” por todo o país. Desenvolveu paralelamente um profundo interesse pelas questões da Propriedade Intelectual na Criação Artística, sendo membro fundador da GDA- Gestão dos Direitos dos Artistas em 1995, e seu Presidente desde 1998.
RUI CARDOSO MARTINS
Rui Cardoso Martins nasceu em Portalegre, em 1967. É autor dos romances «E Se Eu Gostasse Muito de Morrer» (2006), «Deixem Passar o Homem Invisível» (2009, Grande Prémio de Romance e Novela APE), «Se Fosse Fácil Era para os Outros» (2012) e «O Osso da Borboleta» (2014), e também do livro de crónicas «Levante-se o Réu» (2015) Tem livros traduzidos em várias línguas. Publicou contos em revistas nacionais e internacionais. É argumentista de cinema e autor de peças de teatro.
Foi co-fundador das Produções Fictícias, autor do programa «Contra-Informação» e de várias séries dramáticas e de comédia. Foi jornalista e cronista do jornal «Público» desde a sua fundação até 2015.
TERESA SCHMIDT
Fez parte dos quadros do Jornal Expresso durante 12 anos, a que se seguiu a SIC, desde a sua fundação (coordenadora da produção da Informação), a EXPO 98 (direcção de operações) e a empresa Produções Fictícias (direcção executiva), onde permaneceu até 2012. Colaborou como free lancer com o Jornal Público, BBC, ARD e New Yorker entre outros.
ANTÓNIO-PEDRO FERREIRA
António Pedro Ferreira nasceu em Lisboa, em 1957. Licenciou-se em Medicina em 1982, mas acabou por dedicar-se à fotografia. As primeiras fotografias foram para a imprensa, em 1976 na revista Música & Som, depois na TV Guia, O País e O Ponto. Foi também correspondente das agências francesas Rush e Collectif.
De 1982 a 1984, esteve em França com uma bolsa da Secretaria de Estado da Cultura para fotografar os emigrantes portugueses. Foi o primeiro fotógrafo português a estagiar na mítica agência Magnum Photos, onde o carismático editor James A. Fox acompanhava o seu trabalho. Dos milhares de imagens então registadas, cerca de 600 rolos, mostrou uma pequena parcela em exposições realizadas no Centro Georges Pompidou, em Paris, e no Arquivo Municipal de Lisboa. Voltaria a fazê-lo, em 2010 na kgaleria, na exposição Segunda Escolha.
Em 1987 ingressou no semanário Expresso como fotojornalista. Ganhou o Prémio Carreira do Clube de Jornalistas (1997), o Prémio Gazeta de Jornalismo (1998) e o Prémio do Clube Português de Imprensa (2000). Publicou os livros Esta Lisboa, com Alice Vieira, e Lava de Espera, com Fátima Maldonado. E em 2014 apresentou na Casa Fernando Pessoa, a exposição e livro Manifestações do Desassossego, onde ilustrou o Livro do Desassossego, escrito pelo heterónimo Bernardo Soares.
E ainda:
João Luis Carrilho da Graça, Virgilio Castelo, Diogo Infante, Sérgio Godinho, Fernanda Serrano, Nuno Artur Silva, Ricardo Pereira, José Luis Peixoto, Miguel Seabra, Maria João Cruz e Laurinda Alves.